sábado, 12 de junho de 2010

Por que a gente demora a gostar das coisas?



Quando estudei no Liberato, em Novo Hamburgo, minha turma tinha um cara fanático por King Crimson. Enquanto todo mundo ouvia os de sempre, Led Zep, Purple, Beatles e afins, o Fabrício era quase um pregador no deserto, defendendo seu King Crimson. Até aí, nada demais, nada que agora faça com que você mereça dispender seu tempo por aqui. Acontece que hoje quem gosta disso sou eu ("... tá, e daí? Continuo não merecendo"), mas, naquele tempo, nem curiosidade eu tinha. Nada do tipo: "isso é homem, mulher, criança ou criatura"?

Por que a gente demora tanto pra gostar de alguma coisa da qual um dia, certamente, vai acabar gostando?

Quando você anda pelo You Tube, por exemplo, procura 'os de sempre' ou deixa sua mente aberta a um sujeito que fala uma língua diferente, num instrumento diferente, com gente diferente de você e dos seus amigos?





























Já percebeu como a gente fica (olha o clichê!) 'bitolado' aos de sempre? Canais de sempre, CDs de sempre, cinema de sempre, cultura de sempre, gente de sempre, profissão de sempre... Se ligou como alguns filmes que você nunca tinha visto parecem sem pé nem cabeça quando você os compara àqueles do tipo "essa é a minha praia"?


É bom cuidar pra não ficar burro, ouvindo os de sempre, lendo os de sempre, falando sobre os de sempre na comodidade de sempre.

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